Mas bom mesmo é se perder com a câmera na mão. Principalmente em um lugar desconhecido. O frescor das novas paisagens cria rapidamente imagens em nosso inconsciente e só nos resta guarda-las nas câmeras ou na memória, o que preferir.
Essas duas fotos eu fiz em 2017 e 2018 respectivamente, imagens que eu adoro, e que foram feitas diante de um GPS humano completamente derrotado.
A primeira, na Índia, numa das tantas vielas de Varanasi. Um flagra de um cotidiano colorido na hora do chá digestivo sob um calor escaldante.
A segunda, nas zonas rurais do Vilarejo de Pitumarca, no Peru. A fotografada fechava os olhos para se concentrar no rádio de pilhas que transmitia o jogo de futebol enquanto ela capinava seu pequeno pedaço de terra.
Se eu estivesse seguindo a rota inicialmente pensada no início de ambos os dias, essas imagens nunca teriam vida. Ainda bem que deu certo.